Nossa História
Luciano Yamamoto, fundador da Entidade Filantrópica Remanso da Pedreira, é natural da cidade de Pato Branco – PR, nascido em 26/06/1973, segundo filho de Sadao Yamamoto, farmacêutico-bioquímico do Hospital Policlínica de Pato Branco, e Maria Crestani Yamamoto, professora do ensino primário do Colégio Agostinho Pereira da mesma cidade. Transfere-se para Curitiba em 1989 para completar o ensino médio e preparar-se para o vestibular de Medicina, influenciado pelo pai. É aprovado com louvor em três faculdades de Medicina – Universidade Federal do PR, Universidade Católica e Faculdade Evangélica, tendo optado por frequentar a primeira. Sentimentos de orgulho, felicidade e otimismo dominam o futuro calouro de medicina.Em 1997 é graduado no curso de Medicina e, em 1998, é aprovado para o curso de pós-graduação (Residência Médica) em Radiologia e Diagnóstico por Imagem no Hospital de Base de São José do Rio Preto, interior do Estado de São Paulo.No segundo ano da Residência Médica, ano de 2000, entra em contato pela primeira vez com a Doutrina Espírita ou Espiritismo (codificada por Allan Kardec), através da irmã mais velha, Anelise, que lhe empresta a primeira das cinco obras fundamentais da doutrina - o Livro dos Espíritos. Esta obra lhe descortina um novo horizonte, antes jamais imaginado, lhe oferecendo as respostas para questões fundamentais da existência, tais como o sentido existencial, origem e causas do sofrimento, de onde viemos, para onde vamos após a morte do corpo físico e as relações da criatura humana com o mundo espiritual. Este livro – O Livro dos Espíritos – seria o primeiro de dezenas de outros que seriam lidos e relidos e que marcariam uma nova etapa de vida, um divisor de águas, para um futuro empreendimento na área social.Em 2002, após concluir a Residência Médica, retorna a Pato Branco para dar início à vida profissional no Hospital Policlínica, mesmo local de trabalho de seu pai. No mesmo ano passa a frequentar o Centro Espírita Fraternidade, convidado pela irmã Anelise, tornando-se palestrante com o passar do tempo.Em 2003 procura por algum local em que possa ser voluntário e encontra no Jornal Diário do Sudoeste uma matéria que tratava das atividades da Pastoral da Criança em Pato Branco, situada à época no Bairro Planalto, onde reuniam-se as voluntárias mulheres, na sua maioria, para a fabricação da multi-mistura que seria posteriormente distribuída às famílias carentes. Apresenta-se à coordenadora, de nome Janete, e informa a seu desejo de ser voluntário, ao que a mesma pergunta: “- Quer ser voluntário no seu bairro? ”. Não havendo crianças carentes no seu bairro, informa que desejaria um outro local, ao que a coordenadora lhe diz: “- Vou lhe dar um local que até agora ninguém quis assumir...”. Este local veio a saber que seria a Pedreira Municipal de Pato Branco, onde às suas margens moravam algumas dezenas de famílias em barracos, alguns de chão batido, sem luz, água tratada ou esgoto, em situação extremamente precária.Em 2003 tem-se início, então, o voluntariado na Pastoral da Criança onde, juntamente com mais alguns voluntários moradores do Bairro Planalto – dentre os quais destacamos Lidiane Mello – eram realizadas as visitas mensais às famílias moradoras às margens da Pedreira Municipal, onde eram realizadas as pesagens de cada criança e acompanhamento do seu desenvolvimento geral. No entanto, a impressão que se tinha é que se podia fazer algo a mais além das visitas mensais.Tem-se a ideia, então, bem-sucedida, de reunir as famílias num único local e recompensá-las com cestas básicas como premiação pela assiduidade ao programa. Numa dessas reuniões, em que era comemorado, a céu aberto, o dia das crianças com bolo, doces e cachorro-quente, o tempo fechou repentinamente e choveu muito forte, obrigando a todos a se refugiarem num velho chiqueirão abandonado, localizado na propriedade de Natan Bertol, nas proximidades da Pedreira.Desse incidente surgiu a ideia de reformar aquele velho chiqueirão para servir de sede para os futuros encontros dos voluntários da Pastoral e as famílias da Pedreira. Foi o que aconteceu. Após o aluguel da propriedade a um custo mensal, o chiqueirão foi sendo aos poucos limpo e restaurado, instalada energia elétrica e água potável, servindo aquela propriedade de um excelente local para as atividades, pois possuía também amplo gramado às sombras de grandes eucaliptos e um pequeno campo de futebol, que serviam de local para as brincadeiras infantis.O velho chiqueirão do Remanso tornar-se-ia, naturalmente, a primeira sede do “Remanso da Pedreira”, entidade filantrópica fundada por Luciano e demais voluntários da Pastoral da Criança, em setembro de 2007, a fim de que pudesse ser ampliado o atendimento às crianças, o que se deu no início de 2008, quando as atividades passaram a ser diárias. Além disso, todos os finais de semana eram realizadas atividades recreativas com as crianças, que sempre compareciam para as brincadeiras e o lanche da tarde.Passados alguns anos de atividades, adquiriu-se com recursos próprios, uma chácara de 24.000 m² na comunidade de São Braz, onde seria construída a futura sede, com área de 2.000 m², o que se concretizou após muitos esforços em 2016, ano em que as atividades foram transferidas para aquele local. Os recursos naturalmente não caíram do céu, nem vieram de doações de terceiros, mas através de oportunidades de trabalho ampliadas. Nessa época de construção e manutenção da Entidade, com muitos gastos, Luciano passou trabalhar em duas cidades. Pela manhã se deslocava 80Km até Palmas, onde atendia até às 12hs, e no período da tarde retornava a Pato Branco onde trabalhava por vezes até às 23 horas da noite.Os sofrimentos naturalmente não cessaram por completo após o início do trabalho com as crianças carentes, mas o sentimento de paz de espírito alcançado, pelo sentimento do dever cumprido, fez valer a pena todos sacrifícios impostos pela empreitada.
31/03/2023